Conhecendo e explorando a termoestética

16 maro 2022
Conhecendo e explorando a termoestética

A busca pelo equilíbrio é o que guia o trabalho de um designer.

Em proporções, cores, texturas e sensações, é o equilíbrio que traz a tão esperada harmonia às mais variadas criações.

Podemos perceber contrastes equilibrados e harmônicos na própria natureza: muitas vezes, é justamente através do balanço de diferenças que alguns fenômenos existem. O fogo, por exemplo, só queima e se mantém aceso com a existência do ar (ou oxigênio, mais precisamente).

E, já que o assunto é fogo, hoje vamos conversar sobre a termoestética.

Este é um conceito inédito, cunhado por mim, para entender a variação, bem como a harmonia, entre temperaturas, texturas e sensações.

Isto é, a temperatura associada às cores, o aspecto dos materiais e os sentimentos que tudo isso proporciona - além de saber como usar essa relação em favor do bom design.

No círculo cromático, para a termoestética, podemos entender 4 grupos principais: verdes; azuis e violáceos; amarelos, laranjas e marrons; rosas, corais, vermelhos e outros subtons de marrom. Desses 4, reagrupamos em cores frias os 2 primeiros grupos e em cores quentes os 2 últimos.

Em relação às texturas, gosto de agrupar de acordo com os elementos terra, água, ar e fogo, sendo:

    - Terra: materiais quentes e mornos, rústicos ou refinados, com ênfase na natureza, na fauna e na flora por meio de peles de animais e vegetais, por exemplo.

    - Água: materiais frios ou mornos, que remetem à fauna e flora marinha, como algas, peixes, crustáceos e moluscos, além de vítreos lisos e opacos, areias e pedras claras.

    - Ar: materiais etéreos que remetem ao ar, céu, vento, nuvens, nascer e pôr do sol.

    - Fogo: materiais quentes, com toque rústico ou refinados pelo fogo, como rochas.

        Tendo em vista essas categorias, podemos pensar em peças que combinam elementos contrastantes, como: aço (água - frio) e couro (terra - quente) compondo um sofá, por exemplo. Além disso, ele também pode balancear com as cores: tom amarelado (quente) no assento e detalhes cinzentos (frio) nas costuras.

        Visualmente, essa seria uma peça que gera conforto já à primeira vista, pois subentendemos a harmonia de sua composição - não é necessário ser um “expert” para absorver essa sensação, inclusive!

        Há também a possibilidade de usar somente texturas, materiais e cores quentes, por exemplo, criando uma peça com outro apelo. Nesse caso, a composição do ambiente, trabalhada com pontos frios e mornos, trará a noção de harmonia.

        Em alguns casos, há a necessidade de se criar espaços em que o quente ou o frio prevaleçam - pense numa clínica de saúde ou um templo, por exemplo.

        A termoestética é também o recurso ideal para se obter essa atmosfera.

        É evidente que há inúmeras outras formas de estimular sensações através do design, mas este é um rico recurso que nós, profissionais criativos, podemos nos basear para iniciar ou refinar nossos projetos.

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