Para quem vive da criatividade, principalmente no âmbito profissional, o bloqueio criativo é, sem sombra de dúvidas, uma das maiores dificuldades que podem surgir.
Não estou falando de apenas um mau dia, ou um projeto que acabou não concluído. Esses são acontecimentos naturais em qualquer ofício, mesmo os não criativos.
Neste artigo, estou falando sobre fases de desmotivação criativa.
Gosto, particularmente, de chamar o bloqueio de desmotivação, pois é dessa forma que ele age: tornando o nosso trabalho sofrido, complicado, desgastante.
E, convenhamos, num trabalho que gira em torno da afetividade, de sensações e sentimentos, nada pior que influências negativas, né?
Por isso, acredito que o bloqueio criativo se vence, antes de tudo, através dessas mesmas emoções e sentimentos.
Se você está passando por uma fase como essa, o primeiro passo a ser tomado é refletir se, antes mesmo do bloqueio, a desmotivação já não existia.
Isto é, será que a falta de entusiasmo não é fruto de um ambiente de trabalho ruim? Ou de uma forma maçante de produzir que já não se adequa mais? Ou talvez você precise experimentar novas práticas, voltar a estudar, tentar novidades…
Digo isso porque, mesmo sendo bons no que fazemos, a falta de “reciclagem” nos nossos conhecimentos e práticas pode, sim, agir como um bloqueador de impulsos criativos.
Depois de rever seus métodos, é importante entender se você não está agindo com um perfeccionismo negativo sobre o que produz.
Há quem diga que o melhor profissional é aquele que mais critica o seu próprio trabalho.
Vejo que devemos, sim, ser humildes em relação às nossas criações. Isso é óbvio.
Mas é preciso também ter carinho e um olhar humanizado para si mesmo, sem procurar por uma perfeição que nós, meros humanos, não somos capazes de “fabricar”.
Por falar em crítica, é muito interessante trocar visões com outros profissionais e com os usuários do que você produz.
Se a criatividade em seu trabalho está parecendo aquém do esperado, consulte outras opiniões. Veja o que as pessoas acham disso, exercite a escuta. Talvez você mude suas concepções e/ou tenha novas ideias diante dessa experiência.
No mais, siga a sua rotina de exercícios, desenhos, observações, pesquisas… Tudo o que motiva a criatividade.
