Nos últimos tempos, todas as profissões e áreas do saber têm refletido sobre si mesmas em relação ao atual momento e ao consequente futuro.
Com o design, isso não é diferente: queremos saber como contribuir e agir.
Assim como é a base do meu trabalho, acredito que o ponto de partida é observação. Tendo como foco a sua área de atuação, olhe ao seu redor e perceba: o que precisamos agora? O que está faltando? O que podemos mudar?
As questões abertas e necessidades é que nos trazem ideias e respostas.
Nesse sentido, o design pode - e deve - contribuir de diversas formas, principalmente com o bem-estar das pessoas. Um grande exemplo é justamente a afetividade, como conversamos tantas vezes por aqui.
Alguns exemplos disso são as novas possibilidades para o home office, tornando os ambientes caseiros de trabalho menos "duros", mais confortáveis e possíveis de interações sociais digitais.
Tornar o digital viável é, inclusive, um papel da comunicação e do design, já que nesse momento as plataformas precisam ser funcionais e ágeis, mas também humanizadas e próximas.
O papel de nós, profissionais desta área, é trabalhar as nossas propostas para uma fase em que as pessoas carecem ainda mais de atenção, conforto e trocas, todas as que forem possíveis.
Muitos designers já trabalham com peças e projetos que aproximam pessoas, mas contemplam o distanciamento social e regras mais rígidas de segurança sanitária - o que será uma imensa necessidade de empresas e comércios num futuro muito próximo.
Outros, como disse anteriormente, idealizam ambientes e peças que trazem memórias afetivas de 'um tempo melhor' aos lares e home offices, além de proporem soluções criativas às necessidades de nossos novos hábitos de consumo, diálogo, convivência doméstica.
O crucial, seja qual for a ideia, é lembrar que o design nunca foi - e agora isso se torna ainda mais evidente - meramente estético.
Sua praticidade ajuda a resolver problemas, mas, mais do que isso, a impulsionar as pessoas em suas atividades, a se adaptar às adversidades e a se motivar nos contextos que nos foram impostos.
E você, me conte: como pretende colaborar com o seu trabalho?